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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Egito desliga a internet.O que acontece agora?




Na quinta-feira 27 de janeiro, o governo egípcio fez algo extraordinário - "desligou-se da internet”. Não há mistério sobre como isso aconteceu - o governo egípcio possui a maior prestadora de serviços no país e só teve que fazer alguns telefonemas para desligar os provedores.
Esse tipo de acontecimento é em razão da Internet ter demonstrado uma capacidade de facilitar a organização do protesto social e político, se não revolução. Os países que desejam evitar a sua facilidade para ajudar a resistência organizada, como Cuba, são forçados a abandonar os benefícios de uma sociedade de informação por completo.
A China, claro, é uma exceção a essa regra -, mas um que comprova a sua utilidade com relação ao Egito. A Filtragem da Internet realizada pela China funciona justamente porque a população está relativamente feliz (em relação ao Egito, digamos) com o atual regime. Quando a discórdia atinge o nível que tem no Egito, o governo que pretende manter o poder por meios não democráticos não tem escolha a não ser sacrificar a produtividade econômica habilitado pela tecnologia da informação sobre o altar de controle.
O Egito ter recorrido a um desligamento completo de sua conexão com a internet pode indicar que seu governo é simplesmente menos sofisticado sobre o uso da Internet para o controle social que o governo da China, ou mesmo a Tunísia, onde o governo pode ter usado o Facebook para espionar a população.
De fato, em recente palestra na escola da Universidade de Columbia de jornalismo, o jornalista Evgeny Morozov discutiu seu livro The Net Delusion, no qual ele argumenta que a Internet pode ser facilmente usada como uma ferramenta para os opressores.


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